Muitos de nós somos encorajados desde pequenos a acreditar que podemos ser o que quisermos na vida. Muita gente acredita ter o “problema” de ser bom em muitas coisas e, por isso, tem dificuldade em escolher uma carreira.
A realidade, contudo, é que ninguém é excelente em muitas coisas. Ou melhor, para não dizer ninguém, a cada meio século surge no planeta alguém como Leonardo Da Vinci. Então, se você for o próximo gênio da humanidade, desconsidere o que vou escrever, mas, caso contrário, analise melhor e perceba que as suas opções são muito mais limitadas do que você talvez imagine.
O mundo é muito competitivo e a única forma de vencer neste cenário é conseguindo estar entre os melhores da sua área e, para chegar lá, o único caminho, segundo Peter Drucker, é concentrando seus esforços naquele conjunto de poucas habilidades que você tem um grande talento natural.
Drucker afirmava: “Ninguém alcança a alta performance trabalhando em cima de seus pontos fracos. A excelência só pode ser atingida a partir do desenvolvimento dos seus pontos fortes”.
Então, se você está com dificuldade para definir um rumo profissional porque acredita haver demasiadas opções, seus problemas acabaram! Saiba que essa escolha não é tão difícil assim, pois suas opções não são tantas assim.
Mas aí, quando vai buscar descobrir no que é boa, a pessoa cai em uma grande armadilha, que é confundir aquilo que adora fazer com aquilo que realmente tem um talento excepcional.
Eu, por exemplo, toco guitarra e é algo que eu adoro. Mas isso não quer dizer que eu deveria fazer disso a minha profissão, pois ninguém pagaria para me ver tocar, tampouco eu teria a menor chance de competir com os melhores guitarristas que existem por aí, mesmo que eu me dedicasse ao extremo. Vejo vídeos de crianças de 8 anos que fazem o que eu, com todos os anos de prática, nem ousaria fazer na guitarra. Eu toco pelo prazer que essa atividade me proporciona e isso para mim já é suficiente.
 
“Por que investir sua energia para deixar de ser ruim em algo e, com muito esforço, tornar-se medíocre quando você pode concentrá-la naquilo em que já é bom naturalmente e assim alcançar a excelência?”
-Peter Drucker
 
Entretanto, existe também o outro lado da moeda…
Se por um lado é essencial identificar e focar em seus talentos, por outro é primordial que você também se desenvolva em várias áreas. Parece uma contradição, não é? Mas você vai ver que são questões diferentes.
Existe um pequeno conjunto de talentos sobre o qual você deveria alicerçar sua vida profissional, mas seu desenvolvimento como ser humano é uma outra questão. Por que um economista, por exemplo, não deveria estudar filosofia ou literatura?
Acredito que qualquer pessoa tem muito a ganhar aprendendo a tocar um instrumento, praticando um esporte, falando um novo idioma, estudando história, geografia, arte, ciências, passando um tempo no campo, visitando outros países, conhecendo outras religiões e tantas outras habilidades essenciais para a formação de um ser integral.
Você nunca será um especialista em todas essas coisas, mas esse conjunto de conhecimentos gerais irá contribuir enormemente para que você não seja apenas mais um na multidão e se torne alguém de valor especial.
Esse era o conceito do “Homem da Renascença”, que era um ideal admirado e perseguido até pouco tempo atrás. Hoje, pessoas assim são anônimas para as grandes massas que acabam idolatrando figuras como Justin Bieber ou Kim Kardashian.
Eu tive o privilégio de aprender cinco idiomas e muitas pessoas acham que a maior vantagem disso é poder conseguir um emprego melhor ou ser capaz de se comunicar com pessoas de diferentes países, mas na verdade esses detalhes fizeram muito pouca diferença em minha vida. O meu maior ganho foi a minha transformação, o meu crescimento, a pessoa que eu tive que me tornar para conseguir falar cinco idiomas. Imagine como seria a minha versão hoje se eu falasse apenas português, comparada a minha versão que fala cinco línguas.
Para exemplificar esse delicado equilíbrio entre se especializar em uma coisa e se desenvolver em diferentes áreas ao mesmo tempo, vou citar o grande diretor George Lucas. Para quem não sabe, ele é o dono da mente criadora de Star Wars. Assim como Steven Spielberg, desde pequeno, ele brincava com lentes como se estivesse criando um filme. Esse sempre foi seu verdadeiro talento.
Não obstante, ele também tocava piano e tinha um bom conhecimento de música e por isso soube trabalhar junto com o compositor para criar a antológica trilha sonora do filme. Ele também entendia de ciência e astronomia, o que com certeza contribuiu para a criação do universo de ficção da série. Mais adiante, ele também mostrou que entendia de marketing, pois transformou a marca em um dos maiores fenômenos de merchandising da história. Ainda, sabia lidar com dinheiro e fazer negócios, pois, décadas depois do primeiro filme (1977), ele vendeu os direitos para a Disney por 4 bilhões de dólares!
Portanto, para concluir, identifique seus talentos-chave e construa sua vida profissional apoiada sobre eles, mas, ao mesmo tempo, procure se desenvolver em todas as áreas como um ser humano integral.
Eu espero que você tenha compreendido neste capítulo como é essencial o autoconhecimento. É triste ver tantas vidas e carreiras frustradas por negligência desse princípio.
Agora que você tem a base: entendeu a relação de causa e efeito, assumiu responsabilidade pela sua vida e compreendeu a importância de se conhecer, você está pronto para avançar para a segunda parte, ainda mais interessante.
(continua…)

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Paulo Machado
Paulo Machado
Paulo Machado trabalhou por vários anos ligado à ONU, aprendeu 5 idiomas, viajou por quase 30 países, morou no Canadá e na Itália, onde trabalhou com o jogador de futebol Clarence Seedorf no Milan.

É Professor Referência da PUCPR, autor do livro “O Verdadeiro Sucesso” e hoje, com mais de 20 anos de experiência, ajuda pessoas e empresas a crescerem por meio de sua Consultoria, Palestras e Treinamentos.