Eis uma pergunta intrigante, não é? Muitos tentam, poucos conseguem. Por que? Há várias razões. Mas podemos dizer que talvez o maior culpado seja: a parte mais antiga de nosso cérebro. Aí que está a chave para encontrar a explicação dessa força inconsciente que nos domina e é mais poderosa que nossa força de vontade, que o nosso desejo de mudar.
Em seu livro “Uma vida que vale a pena”, Jonathan Haidt faz uma analogia muito interessante comparando nosso cérebro à cena de um elefante e um condutor. O elefante corresponde à parte mais primitiva do nosso cérebro responsável pelos hábitos (inconsciente, não requer esforço, automático, nunca cansa…) enquanto que o condutor representa o neocórtex pré-frontal, área mais avançada que lida com o raciocínio lógico (consciente, gasta muita energia, delibera, cansa rápido…).
Então, toda vez que queremos mudar um hábito: fazer uma dieta, manter a casa arrumada, ler etc., o condutor assume o controle temporariamente. Porém, o que acontece cedo ou tarde? Ele eventualmente cansa e o elefante assume o controle novamente. Então, em primeiro lugar, não se culpe se fracassou na empreitada de criar uma nova rotina para si – culpe seu elefante!
Mas, se o elefante é muito mais forte, qual é a chave então?
Aprender a domar o elefante! E como fazer isso?
Aqui estão algumas técnicas que poderão aumentar bastante as suas chances de sucesso.
 

1. Tenha um plano

A primeira e mais importante de todas as coisas é pensar estrategicamente. Você deve se preparar antes da mudança, deve elaborar um plano antes de entrar em ação. A grande maioria esquece dessa parte fundamental e simplesmente diz: “Segunda eu começo uma dieta”.
Qual é a chance de isso dar certo? A mesma de você casar com alguém que não conhece e ser feliz. Aliás, qual é a chance de qualquer projeto dar certo sem ter sido antes planejado?
A mudança de hábito também é um projeto em sua vida e deve ser encarada como tal. Só essa mudança na sua forma de enxergar já fará enorme diferença. Antes de agir, pare, pense, estude, planeje, vá atrás de uma estratégia inteligente e aí sim inicie a mudança que deseja. Em outras palavras, entre em campo preparado para ganhar…
 

2. Não confie na sua força de vontade

Um grande erro que as pessoas cometem é achar que a força de vontade sozinha é suficiente. Pode até ser em alguns casos onde a pessoa tem um propósito extremamente profundo ou uma motivação descomunal para causar a mudança, mas, para a grande maioria das pessoas, isso apenas não será suficiente.
Por que? Simplesmente porque a sua força de vontade é um recurso limitado, a energia do condutor cedo ou tarde se esvai e ele cansa. É como a bateria do seu celular. Quando ela está cheia, tudo bem…
Entretanto, no seu dia a dia, várias coisas vão drenando essa energia – inclusive o esforço necessário para implementar a nova rotina. Então, a bateria vai acabando até que chega um ponto em que ela acaba e você fica sem energia para seguir adiante com o plano.
 

3. Uma mudança por vez

Já que o recurso que você possui é limitado, nada mais sensato do que utilizá-lo inteligentemente. Para fazer isso, você deve concentrá-lo em uma única mudança de cada vez. Não tente começar a caminhar de manhã, escrever um blog e tocar violão ao mesmo tempo.
Isso também vale para quando você quiser se livrar de maus hábitos como fumar, acessar compulsivamente o celular ou dormir mais do que precisa. Priorize, defina aquilo que é mais importante na sua vida neste momento.
Pergunte-se: Qual é o hábito que se eu perder (ou adquirir) terá o maior impacto positivo em minha vida neste momento? E comece por aí! O segredo está no foco e na consistência.
 

4. Tenha clareza das suas motivações

A sua bateria inicial é diretamente proporcional à clareza das motivações que você tem para querer mudar de hábito. Se eu lhe perguntasse: “Quais são suas motivações para mudar? Por que você quer isso?”, o que você me responderia?
Se você não tiver uma resposta clara e convincente, se não tiver bons motivos ou razões fortes o bastante, isso quer dizer que a sua bateria não está cheia. Compreenda o porquê de você estar buscando esta mudança. O que ela vai lhe proporcionar? De que maneira sua vida ficará melhor?
Pense que esta mudança é apenas o veículo para algo que você está buscando, para a realização de um desejo. Descubra qual é esse desejo no fundo.
 

5. Não se exponha a tentações

Vamos supor que você queira emagrecer e para isso precisa rever seus hábitos alimentares. Uso bastante este exemplo porque muitas pessoas podem se identificar, mas os princípios funcionam para qualquer mudança.
No caso de emagrecer, a sua transformação não começa na hora que você se senta à mesa, mas quando está se preparando para ir ao supermercado. Lembre-se que toda vez que você tem que resistir a uma tentação, você gasta muita energia. É como um o celular quando você está assistindo a um vídeo no YouTube, a bateria é drenada rapidamente. Você não quer disso, pois precisa que ela dure até que o elefante esteja totalmente domado.
Então, se você tem um Hagen Daaz de Chocolate Belga no freezer a poucos passos de distância, ou uma gaveta de doces ao alcance das mãos no trabalho, fica muito mais difícil de colocar o plano em prática. Quanto maior for a sua força para resistir, maior será a energia que você estará utilizando.
Portanto, previna-se! Elimine todas as tentações e não terá contra o que lutar – poupando assim valiosa energia.
Isso vale também para os lugares que frequenta, as pessoas que convive etc.
 

6. Permita-se escorregar

Aqui está um dos maiores sabotadores: o perfeccionismo. As pessoas fazem um planejamento e na primeira escorregada jogam tudo para o ar.
Isso é um grande erro, pois você irá falhar eventualmente, é normal. Então, tenha uma espécie de crédito para isso. Por exemplo, se você traçou um planejamento de 30 dias, deixe 5 dias de crédito para os momentos em que estiver com a energia baixa. Se você fizer a mudança em 25 dos 30 dias, considere seu projeto bem-sucedido! É como se fosse uma pequena parada para recarregar.
 

7. Aguente firme por 21 dias

Quanto tempo leva para treinar o elefante? Isso varia dependendo da pessoa e da complexidade do hábito envolvido. Um estudo bastante respeitado da University College London afirma que são necessários, em média, 66 dias para que a mudança seja permanente.
No entanto, o primeiro terço desse tempo é a parte realmente mais difícil. Passados 21 dias – e aqui vem uma boa notícia – o elefante já estará mais treinado e a mudança irá requerer cada vez menos esforço até chegar no modo automático (elefante totalmente domado) que não requer mais nenhum esforço!
Portanto, crie uma meta especial de 21 dias para começar.
 

8. Tenha uma estratégia que funcione

Apenas boa vontade não é suficiente. Você pode ter toda energia e motivação do mundo, mas jamais irá encontrar o pôr-do-sol se estiver correndo para o leste.
Mas entre tantas estratégias que querem lhe vender, qual é a certa? Aquela que comprovadamente funciona.
Em vez de acreditar em qualquer pessoa que tenha qualquer interesse em lhe vender algo, invista tempo, energia e dinheiro para descobrir cases de sucesso. Vá atrás e converse com pessoas que passaram por aquilo que você está prestes a passar, que tiveram a conquista que você está buscando, entenda onde estão as armadilhas, antecipe-se às dificuldades que surgirão, aprenda com os erros dessas pessoas… e mais importante: concentre seus esforços naquilo que realmente trará resultados e não perca tempo com o resto.
 

Entrando no Círculo Virtuoso…

O melhor é que após um primeiro projeto bem realizado, seus “músculos mentais” estarão mais fortes e sua energia para uma próxima empreitada será maior, pois você já alcançou um nível maior de disciplina.
Além disso, a sensação de realização, de dever cumprido, irá lhe dar uma dose enorme de motivação para uma próxima mudança e assim sucessivamente fazendo com que caia em um círculo virtuoso e transformando de maneira permanente sua vida! Quando se der conta, estará vivendo em uma rotina de alta performance e concretizando todos os seus sonhos e objetivos.
Ação: Defina UMA mudança de hábito agora mesmo.

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Paulo Machado
Paulo Machado
Paulo Machado trabalhou por vários anos ligado à ONU, aprendeu 5 idiomas, viajou por quase 30 países, morou no Canadá e na Itália, onde trabalhou com o jogador de futebol Clarence Seedorf no Milan.

É Professor Referência da PUCPR, autor do livro “O Verdadeiro Sucesso” e hoje, com mais de 20 anos de experiência, ajuda pessoas e empresas a crescerem por meio de sua Consultoria, Palestras e Treinamentos.