Vou aproveitar esse tema que é uma preocupação para muitas pessoas, principalmente, na questão da empregabilidade no futuro e comentar alguns aspectos sobre a Inteligência Artificial e o futuro.

Para começar, por que eu deveria me dar ao trabalho de escrever este texto se eu poderia simplesmente pedir ao ChatGPT: “Produza um texto de 1000 caracteres cujo título seja ‘Inteligência Artificial: O que sobrará para nós humanos fazermos no futuro”?

Certamente, ele me daria um bom texto com dados empíricos, mas esse texto não teria meu DNA, minha personalidade… é como se a mensagem não tivesse “alma”. Não sei se vocês sentem isso, mas quando vejo um texto de Inteligência Artificial, por mais bem escrito que ele seja, parece que falta algo.

Um amigo foi além e me disse recentemente: “Em vez de se apoiar muito em outros autores (talvez influência dos tempos acadêmicos), quando escrever, mostre qual é a visão pessoal do Paulo sobre o assunto.”. É isso que cria conexão com as pessoas.

Criando uma identidade única

E sabe por que isso faz sentido? Porque com certeza existem incontáveis textos já disponíveis na internet, mas quem lê o meu texto é porque se identifica com a minha visão de mundo e gostaria de saber o que EU penso sobre o assunto. Isso o ChatGPT (ainda) não consegue fazer…

Feita esta breve introdução, chego ao cerne da questão…

A Inteligência Artificial avança rápida e exponencialmente nos dias atuais.

Ela já é capaz de produzir imagens realistas, criar vídeos com qualidade cinematográfica (Sora), diagnosticar doenças antes que elas apareçam, criar aulas incríveis, desenvolver estratégias jurídicas eficazes, escrever livros, programar aplicativos, dirigir carros com segurança, projetar prédios, até fazer terapia!

Diante de todo esse avanço assustador, surge a questão:

“O que sobrará para nós humanos fazermos no futuro?”

Para tentar responder esta pergunta, devemos antes nos perguntar: “Onde a Inteligência Artificial NÃO consegue nos substituir?”. Para tentar ilustrar essa questão, eu vou criar a seguinte imagem na sua mente:

Imagine que você teve que viajar para longe e ficar alguns meses longe do amor da sua vida. Você está morrendo de saudades e tudo que mais quer é poder encontrar essa pessoa.

Por mais que haja hoje chamadas de vídeos de qualidade, NADA vai substituir o fato de você estar na presença dela, poder abraçá-la, beijá-la, tocá-la, senti-la… o contato humano ainda é uma necessidade intrínseca a todos nós. E isso a Inteligência Artificial (ainda?) não consegue substituir…

Tá, mas como isso se aplica ao mercado de trabalho?

Isso é simples de responder: no atendimento humanizado, na gestão humanizada. Não é irritante quando temos que ser atendidos por robôs e mensagens automáticas?

Neste mundo com tantos avanços tecnológicos e abundância de informações, o que está se tornando cada vez mais valioso são habilidades como: saber escutar, ter empatia, dar atenção, importar-se verdadeiramente com o outro…

E por que não incluir aqui a capacidade de AMAR!  Ou você consegue imaginar uma Inteligência Artificial amando uma criança como uma mãe o faz?

Uma máquina, por mais avançada que seja, jamais (penso eu) terá emoções verdadeiras, serão sempre simulações (ainda que muito realistas), fruto de uma programação. De uma forma mais irônica, como diria Rick do seriado “Rick and Morty”, não passa de um bando de “zeros” e “uns” do sistema binário. 01010010101.

Portanto, a melhor maneira que nós podemos nos preparar para esse futuro, é resgatando a nossa própria humanidade, as emoções, sentimentos, habilidades que são naturais da nossa espécie. Esse sim será o nosso diferencial na “guerra” contra a Inteligência Artificial.

De volta ao mundo analógico

Penso que estejamos chegando a um ponto de ruptura… vivemos com a cara colada em uma tela e hoje nossa atenção, na maior parte do tempo, está no mundo digital, não real. Você já parou para tentar perceber quanto tempo do seu dia você gasta com a atenção no digital x real?

Por mais fascinante que sejam dispositivos como o Apple Vision Pro – e eu sou um entusiasta dessas tecnologias – seu lançamento mostrou que estamos caminhando voluntária e lentamente para o mundo da Matrix. Estamos perdendo cada vez mais a conexão humana.

Qual será o resultado disso lá na frente? Pode ser uma questão subjetiva, mas os dados atuais mostram uma outra pandemia, dessa vez na questão da Saúde Mental das pessoas, especialmente, crianças e adolescentes.

Nunca tivemos uma sociedade tão doente mentalmente. Os números são assustadores:

  • Saúde mental é maior preocupação das pessoas no mundo hoje (mais que câncer, obsesidade, AVCs, Ataques Cardíacos, Diabetes…) (Fonte: Ipsos, Global Health Monitor)
  • 1 a cada 5 profissionais brasileiros sofrem com a Síndrome de Burnout. (Fonte: Congresso Brasileiro de Psiquiatria – CBP 2022)
  • A Pandemia gerou um aumento de 27,6% nos casos de Depressão. (Fonte: OMS, Mental Health and Covid).
  • 1 a cada 3 meninas do ensino médio já cogitaram suicídio. Um aumento de 60% em relação a 2011. (Fonte: CDC, Centers for Disease Control, USA).

Isso tudo sem falar nos dados sobre obesidade etc.

Nossa sociedade está adoecendo

Esses números mostram claramente o adoecimento mental da nossa sociedade moderna. E o aumento expressivo dessa piora se deu justamente na última década, quando passamos a ficar muito mais conectados o tempo todo. Isso sem falar na polarização política, TikTok, OnlyFans etc.

Aliás, o TikTok com seus vídeos de 15 segundos indubitavelmente contribuiu para este estado onde chegamos.

A busca pelo equilíbrio com a tecnologia e a Inteligência Artificial

Seria muita pretensão da minha parte ter a resposta de como podemos mudar o rumo desse navio que está nos levando a um futuro distópico.

Mas, uma coisa que me parece bastante clara: precisamos urgentemente retomar um estilo de vida mais analógico. Isso inlcui fazer exercícios, praticar esportes, passar tempo na natureza, usar a caligrafia, ler livros, conversar, ouvir, caminhar, tocar um instrumento, meditar, orar, buscar a espiritualidade etc.

Por mais que a Inteligência Artificial avance irrefreadamente, ela jamais será humana. Por isso, nosso maior diferencial competitivo (talvez o único) seja justamente reencontrar o nosso lado humano que está se perdendo.

E você, o que pensa sobre tudo isso? O que você acha que sobrará para nós fazermos no futuro em relação ao mercado de trabalho? Onde a Inteligência Artificial não consegue nos substituir? Escreva para mim abaixo.

E se quiser conhecer mais sobre mim e o meu trabalho, acesse: www.paulomachado.com 

PS: Reforçando meu ponto, esse texto, exatamente tal como foi escrito jamais poderia ter sido produzido pelo ChatGPT.

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Paulo Machado
Paulo Machado
Paulo Machado trabalhou por vários anos ligado à ONU, aprendeu 5 idiomas, viajou por quase 30 países, morou no Canadá e na Itália, onde trabalhou com o jogador de futebol Clarence Seedorf no Milan.

É Professor Referência da PUCPR, autor do livro “O Verdadeiro Sucesso” e hoje, com mais de 20 anos de experiência, ajuda pessoas e empresas a crescerem por meio de sua Consultoria, Palestras e Treinamentos.